Em agosto de 1901 dava-se início àquele que seria uma das maiores tradições vascaínas. O "pic-nic" na Ilha do Engenho!
18 de agosto de 1901 - O Vasco acabava de atravessar a sua segunda crise social. Diversos sócios importantes, inclusive fundadores como José Lopes de Freitas, haviam desertado do club. No entanto, a fibra vascaína já estava plantada e as primeiras vitórias náuticas de expressão viriam logo a seguir.
Terminado o mandato de Leandro Martins surge um novo velho nome para soerguer o renovado Vasco. Retornava ao club Francisco Gonçalves do Couto Junior, o primeiro presidente. Junto com ele, regressava ao berço a sua flotilha. Diversos barcos originários da fundação foram reintegrados. A Voluvel, embarcação detentora da primeira vitória em 1899, estava de volta!
O Vasco cresce. No seu regresso, o português Couto Junior consegue unir o corpo de associados. Introduziu iluminação à gás na sede vascaína da Travessa do Maia, defronte ao mar da praia do Boqueirão do Passeio e mais um prédio é alugado na mesma travessa para incremento da garagem. Uma... duas instalações não eram suficientes. A terceira ainda seria alugada na rua Luiz de Vasconcellos.
Para comemorar o terceiro aniversário do Vasco, nada melhor do que reunir a nata de vascaínos num dos mais importantes eventos sociais da cidade, o pic-nic na Ilha do Engenho. A ilha, que se localiza do lado oposto da Baía de Guanabara, no município de São Gonçalo, era de propriedade de Henrique Lage, sendo posteriormente repassada à administração do Corpo de Fuzileiros Navais, permanecendo sob a tutela da Marinha até hoje. Naquele tempo o acesso era livre. Era possível agendar inclusive a participação de bandas militares para integrar o evento. Essa época já não existe mais.
Para que fique registrado na memória vascaína, iremos rememorar numa série de artigos as diversas ocasiões em que os vascaínos se reuniram irmanados alegremente em prol de um objetivo só: o Club de Regatas Vasco da Gama!
Como não poderia deixar de ser, o evento foi registrado pelas primitivas câmaras fotográficas do Jornal do Brasil, cuja iconografia conseguimos reproduzir do acervo de periódicos da Biblioteca Nacional, a quem agradecemos a cessão.
Terminado o mandato de Leandro Martins surge um novo velho nome para soerguer o renovado Vasco. Retornava ao club Francisco Gonçalves do Couto Junior, o primeiro presidente. Junto com ele, regressava ao berço a sua flotilha. Diversos barcos originários da fundação foram reintegrados. A Voluvel, embarcação detentora da primeira vitória em 1899, estava de volta!
O Vasco cresce. No seu regresso, o português Couto Junior consegue unir o corpo de associados. Introduziu iluminação à gás na sede vascaína da Travessa do Maia, defronte ao mar da praia do Boqueirão do Passeio e mais um prédio é alugado na mesma travessa para incremento da garagem. Uma... duas instalações não eram suficientes. A terceira ainda seria alugada na rua Luiz de Vasconcellos.
Para comemorar o terceiro aniversário do Vasco, nada melhor do que reunir a nata de vascaínos num dos mais importantes eventos sociais da cidade, o pic-nic na Ilha do Engenho. A ilha, que se localiza do lado oposto da Baía de Guanabara, no município de São Gonçalo, era de propriedade de Henrique Lage, sendo posteriormente repassada à administração do Corpo de Fuzileiros Navais, permanecendo sob a tutela da Marinha até hoje. Naquele tempo o acesso era livre. Era possível agendar inclusive a participação de bandas militares para integrar o evento. Essa época já não existe mais.
Para que fique registrado na memória vascaína, iremos rememorar numa série de artigos as diversas ocasiões em que os vascaínos se reuniram irmanados alegremente em prol de um objetivo só: o Club de Regatas Vasco da Gama!
Como não poderia deixar de ser, o evento foi registrado pelas primitivas câmaras fotográficas do Jornal do Brasil, cuja iconografia conseguimos reproduzir do acervo de periódicos da Biblioteca Nacional, a quem agradecemos a cessão.
As fotos fantásticas não nos deixam mentir, o Vasco nasceu para a glória! Nelas aparecem as guarnições uniformizadas que participara da "regata íntima"; o próprio presidente Couto Junior em meio à malta; e supreendentemente um remador, cuja aparência lembrava muito um dos maiores campeões do remo vascaíno: Joaquim Carneiro Dias, na guarnição da Venus.(3) Algumas dessas imagens já ilustraram umas poucas publicações sobre a história do Vasco, agora disponibilizadas em melhor resolução e nitidez.
foto de 1901 Carneiro Dias em 1913
Vamos a elas, conforme foram publicadas em 25 de agosto de 1901:
"CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA. Festejando o terceiro anniversario de sua fundação, este club realizou no ultimo domingo uma bella festa na ilha do Engenho. Tres lanchas levaram os alegres rapazes e seus convidados, bem como uma banda de musica, áquella ilha onde o dia passou-se na maior alegria, sendo, á tarde, effectuada uma regata intima que correu animadissima. Aos vencedores foram distribuidas medalhas de prata e bronze. As gravuras que publicamos representam grupos de socios e convidados que tomaram parte da sympathica festa."
"CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA. Festejando o terceiro anniversario de sua fundação, este club realizou no ultimo domingo uma bella festa na ilha do Engenho. Tres lanchas levaram os alegres rapazes e seus convidados, bem como uma banda de musica, áquella ilha onde o dia passou-se na maior alegria, sendo, á tarde, effectuada uma regata intima que correu animadissima. Aos vencedores foram distribuidas medalhas de prata e bronze. As gravuras que publicamos representam grupos de socios e convidados que tomaram parte da sympathica festa."
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Vascainidades:
(1) Dentre várias embarcações de Couto Junior que foram reconduzidas ao Vasco, constavam, além da Voluvel, a Venus, a Amphytrite e a Victoria.
(2) Sobre o batismo da canoa Violeta, clique para acessar nosso artigo: "A CANOA VIOLETA E A CRISE SOCIAL VASCAÍNA DE 1901 - A curiosa assembleia presidida pelo delegado"
(3) JORNAL DO BRASIL - TERÇA-FEIRA - 20 DE AGOSTO DE 1901
(1) Dentre várias embarcações de Couto Junior que foram reconduzidas ao Vasco, constavam, além da Voluvel, a Venus, a Amphytrite e a Victoria.
(2) Sobre o batismo da canoa Violeta, clique para acessar nosso artigo: "A CANOA VIOLETA E A CRISE SOCIAL VASCAÍNA DE 1901 - A curiosa assembleia presidida pelo delegado"
(3) JORNAL DO BRASIL - TERÇA-FEIRA - 20 DE AGOSTO DE 1901
Rowing
CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA
CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA
Commemorando a data do seu terceiro anniversario, realizou domingo, este Club uma bella festa, na ilha do Engenho.
Ás 10 ½, largou do Caes Pharoux a lancha Marechal Bittencourt, conduzindo convidados, socios e comboiando as beleeiras e canôas que tomaram parte na regata íntima.
Á 1 hora e 20 minutos, chegaram á ilha as lanchas Paraná, Ordem e Federal, as duas primeiras conduzindo socios e convidados e a terceira a banda de musica do 2.º batalhão da brigada policial.
Ás 2 horas da tarde foi dado o signal para o primeiro pareo pela lancha Paraná, a cujo bordo se achavam os srs. Heitor Goffi e Miguel Braz.
Juizes da sahida, os srs. Ferreira Filho, Frederico Sid e Jayme Mattos; juizes de raia.
A bordo da lancha Ordem estavam os srs. Sylvestre Camara, Eugenio Reis, Thomaz Montmonrency, juizes de chegada.
Foi este o resultado:
Primeiro pareo - 1.000 metros. - Baleeiras a 4 remos. - Medalhas de prata ao primeiro e de bronze ao segundo vencedor.
Em 1.º logar chegou Væ Victis, patronada pelo sr. Alvaro Barros e tripolada pelos srs. Francisco Lage, Joaquim Campos, Joaquim Cunha e Mario Telles.
Em 2.º logar Amphitryte, patronada pelo sr. João Jorio e tripolada pelos srs. Bredo de Mello, Francisco Alberto, Manuel Costa e Manuel Marques.
Em 3.º logar Valva, patronada pelo sr. Oscar Rocha e tripulada pelos srs. Antonio Seixas, Eduardo Soares, Valentim Machado e Raul Monteiro.
2.º pareo - Canôa a 4 remos. - 1.000 metros. - Medalhas de prata ao primeiro e de bronze ao segundo.
Foi este o mais renhido dos pareos da regata.
Alcançou o primeiro logar Violeta, patronada pelo sr. Manuel Soares e tripolada pelos srs. Antonio Moreira, Mario Telles, Antonio Taveira e Antonio Martins.
Em 2.º logar chegou Vespa, patronada pelo sr. João Jorio e tripolada pelos srs. Bredo Mello, Francisco Alberto, Manuel Costa e Manuel Marques.
Em 3.º logar chegou Venus, patronada pelo sr. José dos Reis e tripolada pelos srs. Lourenço Cordeiro, Joaquim Campos, Francisco Lage e Jayme Alves.
3.º pareo - Baleeira a 6 remos - 1.000 metros. - Medalhas de prata ao primeiro e de bronze ao segundo.
Em primeiro logar chegou Vanda, patronado pelo sr. Lourenço Cordeiro e tripolada pelos srs. Antonio Seixas, Eduardo Soares, Antonio Fonseca, Raul Martim, Joaquim Cunha e Antonio Contims.
Em 2.º chegou Vindicta, patronada pelo sr. Aurelio Martim e tripolada pelos srs. Manuel Soares, João Campos, Valentim Machado, Albino Santos, Euclydes Costa e Francisco Teixeira.
Em 3.º chegou Vingativa, patronada pelo sr. Arthur Loureiro e tripolada pelos srs. Luiz Carvalho, Carvalho da Silva, José Lage, José Campos, Domingos Ferreira e Francisco Carvalho.
Ás 3 ½ horas da tarde, terminada a regata, seguiram as guarnições e convidados para o bello parque da ilha, onde o photographo tirou diversos grupos, sendo em seguida offerecido um lauto banquete, sendo ao champagne erguidos calorosos brindes á imprensa e ao sport nautico.
Ás 6 horas estavam de volta as lanchas, tendo corrido o divertimento de modo a honrar o Club de Regatas Vasco da Gama.
(4) O PAIZ - SEGUNDA-FEIRA, 4 DE MARÇO DE 1901
Ás 10 ½, largou do Caes Pharoux a lancha Marechal Bittencourt, conduzindo convidados, socios e comboiando as beleeiras e canôas que tomaram parte na regata íntima.
Á 1 hora e 20 minutos, chegaram á ilha as lanchas Paraná, Ordem e Federal, as duas primeiras conduzindo socios e convidados e a terceira a banda de musica do 2.º batalhão da brigada policial.
Ás 2 horas da tarde foi dado o signal para o primeiro pareo pela lancha Paraná, a cujo bordo se achavam os srs. Heitor Goffi e Miguel Braz.
Juizes da sahida, os srs. Ferreira Filho, Frederico Sid e Jayme Mattos; juizes de raia.
A bordo da lancha Ordem estavam os srs. Sylvestre Camara, Eugenio Reis, Thomaz Montmonrency, juizes de chegada.
Foi este o resultado:
Primeiro pareo - 1.000 metros. - Baleeiras a 4 remos. - Medalhas de prata ao primeiro e de bronze ao segundo vencedor.
Em 1.º logar chegou Væ Victis, patronada pelo sr. Alvaro Barros e tripolada pelos srs. Francisco Lage, Joaquim Campos, Joaquim Cunha e Mario Telles.
Em 2.º logar Amphitryte, patronada pelo sr. João Jorio e tripolada pelos srs. Bredo de Mello, Francisco Alberto, Manuel Costa e Manuel Marques.
Em 3.º logar Valva, patronada pelo sr. Oscar Rocha e tripulada pelos srs. Antonio Seixas, Eduardo Soares, Valentim Machado e Raul Monteiro.
2.º pareo - Canôa a 4 remos. - 1.000 metros. - Medalhas de prata ao primeiro e de bronze ao segundo.
Foi este o mais renhido dos pareos da regata.
Alcançou o primeiro logar Violeta, patronada pelo sr. Manuel Soares e tripolada pelos srs. Antonio Moreira, Mario Telles, Antonio Taveira e Antonio Martins.
Em 2.º logar chegou Vespa, patronada pelo sr. João Jorio e tripolada pelos srs. Bredo Mello, Francisco Alberto, Manuel Costa e Manuel Marques.
Em 3.º logar chegou Venus, patronada pelo sr. José dos Reis e tripolada pelos srs. Lourenço Cordeiro, Joaquim Campos, Francisco Lage e Jayme Alves.
3.º pareo - Baleeira a 6 remos - 1.000 metros. - Medalhas de prata ao primeiro e de bronze ao segundo.
Em primeiro logar chegou Vanda, patronado pelo sr. Lourenço Cordeiro e tripolada pelos srs. Antonio Seixas, Eduardo Soares, Antonio Fonseca, Raul Martim, Joaquim Cunha e Antonio Contims.
Em 2.º chegou Vindicta, patronada pelo sr. Aurelio Martim e tripolada pelos srs. Manuel Soares, João Campos, Valentim Machado, Albino Santos, Euclydes Costa e Francisco Teixeira.
Em 3.º chegou Vingativa, patronada pelo sr. Arthur Loureiro e tripolada pelos srs. Luiz Carvalho, Carvalho da Silva, José Lage, José Campos, Domingos Ferreira e Francisco Carvalho.
Ás 3 ½ horas da tarde, terminada a regata, seguiram as guarnições e convidados para o bello parque da ilha, onde o photographo tirou diversos grupos, sendo em seguida offerecido um lauto banquete, sendo ao champagne erguidos calorosos brindes á imprensa e ao sport nautico.
Ás 6 horas estavam de volta as lanchas, tendo corrido o divertimento de modo a honrar o Club de Regatas Vasco da Gama.
(4) O PAIZ - SEGUNDA-FEIRA, 4 DE MARÇO DE 1901
OS HERÓES DO MAR
Dois moços associados ao Club de Regatas Vasco da Gama, passeavam hontem pela bahia, quando, de volta de Botafogo, a baleeira Venus, que tripulavam, virou a um movimento feito a bordo, caindo n'agua dois tripulantes.
Longo tempo empregaram elles para restabelecer a posição do Barco, e luctaram tanto que um delles já se sentia sem forças, ao mesmo tempo que outro começava a perder as esperanças de subir na embarcação, que não supportava o menor peso.
O facto passou-se ás 5 horas da tarde, na praia do Russell, em frente a um aterro que ali se fez ultimamente, e desse local viram os transeuntes, os moços lutando com o mar, e ouviram gritos de socorro. Nesta ocasião, da casa da viuva Russell, partiu um empregado em direcção ao Club do Flamengo, onde rapidamente contou o ocorrido.
Promptamente a distincta associação de moços, que tantos beneficios tem feito, destacam um de seus sócios nadadores, o Sr. Vieira de Castro, que partiu a toda pressa para o local e fez seguir, ao mesmo tempo, o barco Tupan remado pelo vigoroso, rowing, Sr. Antonio Souza Costa, auxiliado pelos Srs. Abelardo J. da Silva e Pedro Telles.
Quando, impellido velozmente pelo pulso do valente remador, chegou o Tupan, que fizera em menos de dez minutos todo o percurso do Flamengo ao Russell, já ali se achava o outro moço que partira a pé, Sr. Vieira Castro, o qual, vendo o perigo que corriam os tripulantes da Venus, se atirou na água, e, com auxílio de uma corda, que passou a embarcação, tendo a extremidade nos dentes, começou, nadando, a rebocar o barco submerso, a cujo casco se pegavam, quasi examines, os socios do Club Vasco da Gama.
Apezar dos inauditos esforços que empregava o valente nadador, era o seu trabalho pouco efficaz, se bem que o basco se movesse em direção á terra, mas lentamente.
Já todos que assistiam a esta scena de valentia, começavam a temer pela do sorte dos naufragos e seu salvador.
Foi nesse momento que chegou o barco remado pelo Sr. Souza Costa, que passou para bordo os dois moços, um dos quaes começava a desfallecer;
Salvoz e sãos, foram os tripulantes da Venus desembarcados na praia do Russell, de onde seguiram para a casa de pensão que ali ha e onde lhes foram dados reactivos e outros soccorros que careciam.
Quando melhores do susto e salvos do perigo que correram, os socios do Club Vasco da Gama tiveram verdadeiras e emocionantes phrases de gratidão e reconhecimento para com seus valentes collegas que lhes salvaram a vida.
A scena dos abraços, após o perigo, foi muito tocante e enterneceu a todos que a assistiram.
Não podemos fechar esta noticia sem registrar os francos, applausos e manifestar nossa admiração por esses dignos moços, que de todas as maneiras e todos os dias attestam o seu valor e a abnegação que anima pela vida dos seus semenlhantes."
* texto entre aspas na grafia original da época
**texto originalmente publicado em 20/10/2013 - 01h19m no semprevasco.com
Longo tempo empregaram elles para restabelecer a posição do Barco, e luctaram tanto que um delles já se sentia sem forças, ao mesmo tempo que outro começava a perder as esperanças de subir na embarcação, que não supportava o menor peso.
O facto passou-se ás 5 horas da tarde, na praia do Russell, em frente a um aterro que ali se fez ultimamente, e desse local viram os transeuntes, os moços lutando com o mar, e ouviram gritos de socorro. Nesta ocasião, da casa da viuva Russell, partiu um empregado em direcção ao Club do Flamengo, onde rapidamente contou o ocorrido.
Promptamente a distincta associação de moços, que tantos beneficios tem feito, destacam um de seus sócios nadadores, o Sr. Vieira de Castro, que partiu a toda pressa para o local e fez seguir, ao mesmo tempo, o barco Tupan remado pelo vigoroso, rowing, Sr. Antonio Souza Costa, auxiliado pelos Srs. Abelardo J. da Silva e Pedro Telles.
Quando, impellido velozmente pelo pulso do valente remador, chegou o Tupan, que fizera em menos de dez minutos todo o percurso do Flamengo ao Russell, já ali se achava o outro moço que partira a pé, Sr. Vieira Castro, o qual, vendo o perigo que corriam os tripulantes da Venus, se atirou na água, e, com auxílio de uma corda, que passou a embarcação, tendo a extremidade nos dentes, começou, nadando, a rebocar o barco submerso, a cujo casco se pegavam, quasi examines, os socios do Club Vasco da Gama.
Apezar dos inauditos esforços que empregava o valente nadador, era o seu trabalho pouco efficaz, se bem que o basco se movesse em direção á terra, mas lentamente.
Já todos que assistiam a esta scena de valentia, começavam a temer pela do sorte dos naufragos e seu salvador.
Foi nesse momento que chegou o barco remado pelo Sr. Souza Costa, que passou para bordo os dois moços, um dos quaes começava a desfallecer;
Salvoz e sãos, foram os tripulantes da Venus desembarcados na praia do Russell, de onde seguiram para a casa de pensão que ali ha e onde lhes foram dados reactivos e outros soccorros que careciam.
Quando melhores do susto e salvos do perigo que correram, os socios do Club Vasco da Gama tiveram verdadeiras e emocionantes phrases de gratidão e reconhecimento para com seus valentes collegas que lhes salvaram a vida.
A scena dos abraços, após o perigo, foi muito tocante e enterneceu a todos que a assistiram.
Não podemos fechar esta noticia sem registrar os francos, applausos e manifestar nossa admiração por esses dignos moços, que de todas as maneiras e todos os dias attestam o seu valor e a abnegação que anima pela vida dos seus semenlhantes."
* texto entre aspas na grafia original da época
**texto originalmente publicado em 20/10/2013 - 01h19m no semprevasco.com
Parabéns pelo trabalho aqui feito em homenagem ao nosso Clube tão amado, trabalho muito bem feito e com um estudo aprofundado. Parabéns.
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